Katharine Houghton Hepburn
“If you always do what interests you, at least one person is pleased.” — Katharine Hepburn!
Sua História
Filha de Katharine Martha Houghton, uma ativista do sufrágio, e do Dr. Thomas Norval Hepburn, um urologista que procurou educar o público sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, Katharine Hepburn, a filha, tinha uma família consideravelmente liberal. Os Hepburns encorajaram a jovem Katharine a falar, aguçar sua mente e se envolver com o mundo o mais plenamente possível. A feliz vida familiar dos Hepburns teve uma trágica perda em 1921, no entanto, quando Katharine fez a terrível descoberta de seu irmão mais velho, Tom, morto, pendurado no teto de seu quarto. A perda de seu amado debilitou completamente Katharine. Durante anos, ela se retirou quase inteiramente daqueles ao seu redor, por um tempo até mesmo adotando o aniversário de Tom (8 de novembro) como seu próprio. Nascida em 12 de maio de 1907, em Hartford, Connecticut, Katharine Hepburn tornou-se uma improvável estrela de Hollywood na década de 1930 com sua beleza, inteligência e a força excêntrica com que ela imbuíu seus personagens. Ao longo de uma carreira que durou mais de seis décadas, ela levou para casa um recorde de quatro vitórias no Oscar por atuar. Hepburn morreu em sua casa em Old Saybrook, Connecticut, em 29 de junho de 2003 de causas naturais.
Felizmente para os cinéfilos em todos os lugares, Katharine Hepburn superou esta grande tragédia de sua infância para se tornar uma das lendas mais duradouras da história do cinema. Ao longo de mais de seis décadas em Hollywood, ela ganhou doze indicações ao Oscar e ganhou um inédito quatro Oscars de melhor atriz.
“If you obey all the rules, you miss all the fun.”
— Katharine Hepburn!
Por que essa mulher é inspiradora?
Katharine foi absolutamente corajosa em rejeitar rituais de feminilidade, inclusive sua sexualidade. A ideia é que não se rotule, mas, para curiosidade, Katharine se envolvia com mulheres e homens — afirmando que esses, em específico, eram apenas para algum benefício. O fato é que Katharine, desde cedo, apoiada pela família, entendia a pressão social que a mulher sofria e, principalmente, sobre o papel desta definido pela sociedade. Sabia também que não queria e não seria apenas mais uma submissa da sociedade. Katharine queria ser feliz do seu jeito, do seu estilo. Foi assim que conquistou todos seus prêmios, apesar de muito criticada.
“Eu não vivi como uma mulher. Eu vivi como um homem. Eu fiz tudo o que queria e eu ganhei dinheiro o suficiente para me manter e eu não tenho medo de viver sozinha”, declarou numa entrevista em 1981, aos 74 anos. E ela se manteve sozinha até morrer, aos 96 anos, em 2003. Em suma, Katharine causava, muitas vezes, dor de cabeça para os produtores, e o público não tinha certeza se gostava ou não dessa personalidade incrivelmente rebelde da mulher. Apesar disso, ela deixou seu legado e foi considerada pela crítica a atriz americana de maior destaque do século XX. Hoje, além de ser uma intérprete inesquecível, Katharine também merece ser vista como um exemplo de empoderamento das mulheres. Daquelas que não foram compreendidas justamente por estarem tão à frente de uma sociedade marcada – até hoje – pela ignorância e pelo machismo.